Carlos Vergara (Santa Maria, RS, 1941) é gravador, fotógrafo e pintor. Na década de 1950, transfere-se para o Rio de Janeiro, e, paralelamente à atividade de analista de laboratório, dedica-se ao artesanato de jóias, que são expostas na 7ª Bienal Internacional de São Paulo em 1963. Nesse mesmo ano, volta-se para o desenho e a pintura, realizando estudos com Iberê Camargo (1914-1994). Participa de Opinião 65 e 66, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), importantes mostras que evidenciaram a tenacidade crítica de uma geração de artistas diante da realidade social e política da época. Em 1967, é um dos organizadores da imprescindível Nova Objetividade Brasileira, exposição histórica que reuniu diferentes vertentes das vanguardas nacionais. Neste mesmo período, atua como cenógrafo e figurinista de peças teatrais, produzindo também pinturas figurativas, que revelam afinidades com o expressionismo e a arte pop. Durante a década de 1970, utiliza a fotografia e filmes Super-8 para estabelecer reflexões sobre a realidade; e o carnaval de rua do Rio de Janeiro passa a ser também um importante e recorrente foco de sua pesquisa, em especial o Bloco Cacique de Ramos. Neste mesmo período, dá continuidade às suas experimentações com materiais industriais. Desde os anos 80, pinturas e monotipias têm sido o cerne de um percurso de experimentações. Participou da 1ª Bienal do Mercosul, das 18ª e 20ª Bienais de São Paulo, da 39ª Bienal de Veneza e sua obra faz parte da coleção do Instituto Inhotim, do MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, entre outras.