Jean Genet (19 de dezembro de 1910, Paris, França – 15 de abril de 1986, Paris) foi escritor e dramaturgo francês. Filho ilegítimo de um operário e de uma costureira, foi abandonado aos cuidados de uma instituição pública. Começou a escrever no ano de 1939, dedicando-se na fase inicial da carreira à produção de obras de caráter autobiográfico. Em 1948, foi condenado à prisão perpétua como resultado de uma acumulação de penas por repetidos crimes de furto qualificado. Apadrinhado por escritores de renome como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, André Gide e Jean Cocteau, que assinam uma petição de anistia ao Presidente da República, Genet foi libertado.
Genet, rebelde e anarquista do tipo mais extremo, rejeitou quase todas as formas de disciplina social ou compromisso político. Como romancista, transformou temas eróticos e muitas vezes obscenos em uma visão poética do universo e, como dramaturgo, tornou-se uma figura de destaque no teatro de vanguarda, especialmente no Teatro do Absurdo. Tido por Sartre como o protótipo do homem existencialista, Jean Genet foi encontrado morto em Paris no dia 15 de abril de 1986.