Leon Hirszman

Leon Hirszman (Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1937 — Rio de Janeiro, 15 de setembro de 1987) foi um cineasta brasileiro e um dos principais expoentes do movimento conhecido como Cinema Novo. Começou no cinema simultaneamente com sua militância política no movimento estudantil no Rio de Janeiro, tendo sido um dos fundadores do CPC: Centro Popular de Cultura, da União Nacional dos Estudantes (UNE). Militante do Partido Comunista Brasileiro, sua obra é marcada pela influência de teses marxistas centrais nos debates políticos da América Latina e pela representação politizada da classe trabalhadora. 

Em 1975, foi eleito vice-presidente da Associação Brasileira de Cineastas, na qual desenvolveu intensa atividade política, procurando articular diversos intelectuais contra a ditadura. Nos anos seguintes, filmou os importantes documentários “Cantos do trabalho no campo” (1976), o longa-metragem “Que país é esse? (1977), “Rio, carnaval da vida” (1978) e realizou o longa “ABC da Greve”, sobre o movimento operário da região do ABC paulista. Hirszman desempenhou ainda um papel extremamente importante na afirmação do cinema brasileiro, produzindo vários textos com agudas reflexões sobre as condições da produção cinematográfica no Brasil, o mercado nacional e sua respectiva legislação de proteção, as correntes de criação cinematográfica e o cinema político. O diretor faleceu em 1987, vítima de AIDS, aos 49 anos, no Rio de Janeiro. 

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