Maíra das Neves é uma artista do cognitariado. Sua obra trata das políticas e percepções do espaçotempo, e toma a linguagem como um campo de batalha. Sua prática artística inclui tradução transcosmológica, ficções históricas e tecnologias narrativas, e se apresenta em meios diversos, como aquarelas, colagem, instalação e vídeo. Cursou o PEI – Programa de Estudios Independientes do MACBA – Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, é mestre em Literatura pela PUC-Rio, e licenciada em Educação Artística FAAP. Apresentou exposições individuais na Portas Vilaseca Galeria, Espaço Sergio Porto e no Programa de Exposições CCSP; e participou de diversas coletivas em instituições como Urbane Künste Ruhr – Alemanha, Casa França-Brasil – RJ, Sesc Consolação – SP, MAM-Rio, Dragão do Mar – Fortaleza, Museu da Pampulha – BH, CEI/MACBA, Barcelona. Dentre as residências artísticas das quais participou, destacam-se: Lastro Centro-América – Antigua Guatemala, Z/KU – Berlim, e CAPACETE – Rio de Janeiro. Publicou ensaios de sua autoria, como En Verdad Fue Terrible (No-Libros, Barcelona, 2019), Praça Uruçu-Paris-Mirim (Arte & Ensaios, 2018; Lingoa Geral, Barcelona 2019), Que hoje é aqui? (Estação Lastro, 2017) e também experimentos de escrita e tradução coletivos. Conduziu o Ateliê 1m2 na Bhering – RJ, onde recebeu e apresentou projetos seus e de diversos artistas. Foi membro fundador da Agência Transitiva, com a qual experimentou diferentes modos de financiamento, escrita coletiva, e criação de redes transversais e adesivas internacionais. Co-desenvolveu the þit na Alemanha, um modelo de sistema autossuficiente em um estacionamento transformado em parque público com mineração de criptomoeda. Integrou o primeiro grupo de pesquisa CO-rpus, de La Escocesa, Barcelona, e hoje é parte de TRAMPOTRAMPA, uma plataforma de tradução dedicada a textos sobre o trabalho na era pós-capitalista.