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Ana Miguel elabora a matéria de seu trabalho a partir da investigação das relações humanas, da literatura, das palavras, dos desvios, dos deslizamentos de sentido e das experiências do tempo e dos afetos. Sua prática examina diferentes aspectos da vida, ambicionando a amplificação de sutilezas e intensidades, frequentemente a partir de elementos que exortam forças germinativas universais. Nascida no Rio de Janeiro, em 1962, onde atualmente vive e trabalha, a artista inicia sua prática com investigações em gravura que, a partir dos anos 1980, metamorfoseiam-se em trabalhos tridimensionais e instalações. Durante os anos 1990, mora na Espanha, onde foi outorgada com uma bolsa-trabalho da Fundació Pilar i Joan Miró (1996). Faz parte do coletivo Tupinambá Lambido e, no biênio 2016-18 integrou o Ateliê Coletivo, oferecendo oficinas de serigrafia em escolas ocupadas, manifestações e espaços de resistência no Rio de Janeiro. Junto de Brígida Baltar, Marcelo Campos e Clarissa Diniz, conduziu ainda o curso Conversas de Arte, realizado de 2016 a 2020 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Participou de numerosas exposições coletivas dentro e fora do Brasil, dentre as quais ressaltam-se a 25ª Bienal de São Paulo (São Paulo, 2002), II Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 1999), A cor do Brasil (Museu de Arte do Rio, RJ, 2015), A/MAZE (La Tréfilerie, Bélgica, 2004), Infância Perversa (MAM-RJ, MAM-BA, 1995) e Kunstlieche Liebe (Kulturzentrum Kammgarm, Alemanha, 2002).
Entre as dezenas de exposições individuais dedicadas à sua obra, destacam-se Sonho escrito na tinta de Brasil (Centro Cultural Banco do Nordeste, Ceará, 2012), Um tesouro no cofre (Casa França-Brasil, RJ, 2011), Fechar os olhos para ver (Galeria Laura Marsiaj, RJ, 2010), livro=sonho (Galeria Anna Maria Niemeyer, RJ, 2006) e Je t’adore (Espace Galerie Flux, Bélgica, 2005).
Ana Miguel possui obras em coleções públicas e privadas, compondo o acervo de instituições como a Biblioteca Nacional de Madrid, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), Museu de Arte do Rio (MAR), Museu de Arte de Brasília e Centre de Lectura de Reus, na Espanha. Teve sua obra premiada em diversas ocasiões, dentre as quais notabilizam-se o Prêmio Internacional da II Bienal de Gravura do Mercosul (2000) e o Prêmio Interferências Urbanas (2008).